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Malogrado Ano?

  E não é que em plena primavera, arrisco notas sobre estações passadas. Parece que com o tempo brotam em mim novas sensações sobre o velho... Um olhar mais gentil, não tenho certeza... Reconheço apenas um esforço de ser mais generoso - quem sabe:
 Eu poderia começar confessando bem baixinho: 2014, você teve seu charme. Eu, que tanto o reneguei, malogrado ano! Reconheço sua graça... Sem perder de vista suas rasteiras e peripécias... Esses seus 365 dias pareciam não passar! E passou. 12 meses, 7 dias por semana, não importam mais... afinal, o que é um ano na vida de um homem?
 Um disparate? Um assalto? Um samba?

Quando chegar o momento
Esse meu sofrimento
Vou cobrar com juros, juro!

 Acho que difícil mesmo foi reconhecer Medeia em mim e seguir nublado até o final. Aguardando um exílio ou qualquer coisa que me afastasse da parte doída de cá dentro. Querendo julgamentos e sentenças. Esquecendo os versos do poeta: Medeia agita o coração, agita a bile! Evitai o contato com ela, distância! 
 Os amores não vieram, ou vieram? Embarcaram, sim!, algumas paixões... Chegada a última estação, já haviam partido todos! Pareceu até que era um combinado e eu aqui, desavisado!, com um novo livro da Clarice debaixo do braço, prêmio de consolação.
 E agora um mimo gostoso, esse seu desenho, me traz a memória esses dias tão sem fim... Resumo de um tempo laborioso... Vejo-me deitado no jardim de Michelangelo com tantos sonhos. Ali também era primavera e mal sabia eu que aquele fuso desconfiguraria tanto as minhas horas.

Apesar de você
Amanhã há de ser 
Outro dia

 Passado. E assim ficou escrito: és página virada!
 Doismilequatorze... Doismilecatarse... Tantos gols, tantas bolas na trave. Suas viagens, voltas e reviravoltas estarão para sempre na minha memória.


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