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Livros e Pequenilivros


 
     "Um país se faz com homens e livros."                       

                       Monteiro Lobato

 Hoje, dia 18 de abril, comemora-se o dia do Livro Infantil e o aniversário do nosso grande mestre Monteiro Lobato (1882-1948). Acredito que grande parte de nós tiveram suas infâncias acompanhadas das fantasias tão bem alimentadas pelos livros infantis... É claro que os desenhos animados não ficavam pra trás, mas a leitura dá à criança uma liberdade maior para sonhar.
 O pai da psicanálise, Sigmund Freud (1856-1939), em Escritores Criativos e Devaneios (1908), trás uma eloqüente explicação para a criatividade dos grandes escritores. Para ele, toda essa fantasia tem sua gênese nas brincadeiras e jogos infantis, "o escritor criativo faz o mesmo que a criança que brinca". A escrita seria, assim, uma saída para o adulto que não perdeu a vergonha de brincar.
 O nosso encontro com a literatura, principalmente infantil, é sempre marcado por algum gostinho nostálgico. Revivem-se ali nossas primeiras experiências, aquele espírito investigador e, muitas vezes, questionador. Essas lembranças ganham cores e sons advindos da palavra lida, expelida e impulsionada pelo papel.
 Freud coloca que "em sua opinião, todo prazer estético que o escritor criativo nos proporciona é da mesma natureza desse prazer preliminar, e a verdadeira satisfação que usufruímos de uma obra literária procede de uma libertação de tensões em nossas mentes". Ler é, também, teletrasportar: transportamo-nos para uma dimensão fantástica, outrora visitada quando criança. Nós não só revisitamos experiências como reascendemos as nossas emoções vividas.
 A minha infância foi marcada pela literatura, por influência da minha família, principalmente meus avós, cujas mãos estavam sempre acompanhadas de algum livro. Pedro Bandeira me apresentou os romances policialescos, enquanto Fernando Sabino colocou-me diante do Espelho, reconhecendo ali um menino belohorizontino cheio de façanhas. Minha tia Lúcia me apresentou a Bonequinha Preta e muitas outras estórias da Carochinha. Monteiro Lobato me ensinou que um sabugo de milho não é só um sabugo! Ziraldo me fazia cócegas, já Cecília Meireles fez brotar em mim uma pulga atrás da orelha: ou isto, ou aquilo.
 Essas e muitas outras histórias marcaram minha infância, agora, caro leitor, confesse aqui: Quais pequenilivros fisgaram-lhes à época de criança?

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