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A noite escura sem mim

 Abro a janela e sinto na cara o ar gelado da noite. 
A lua, não, a lua já tinha sido quase tocada, 
talvez nesse instante mesmo em que a olhava
algum abelhudo já rondava por lá. 
Solidão era solidão de estrela.

Eu era mudo e só, Lygia Fagundes Telles.


 Sinto saudade da noite
e do vazio que ela me
proporciona. Sinto falta de esperar
pela Lua, de sentir o céu escurecer
e girar girar girar...

 As estrelas brilham do lado de lá,
parecem sorrir, como diria o Pequeno Príncipe.
É, como sinto saudade da noite! e do tempo
breve descanso que nela encontro.

 Uma crise aqui, um caos acolá
e o Universo se expande em velocidade luz!
A vida parece bonita, a vida, sublime...
Desmorona em sentidos.

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