I
Mover a dor: caçoar. coaxar...
E entre um ç e x, embaralhar as cartas
suar suar - suar muito-, de febre.
II
E a tal intimidade? Aquela promessa acampada em minha porta.
O mesmo blefe.
Essa sua falta de tato.
Excede mal trato. Desacordo. Divide a nossa dívida.
dá sua cartada...
Susta!
III
Apagaram a luz
Eu, afeito a insônia, debrucei-me atento
sobre a escuridão: meu refúgio.
Pensei estar iluminado
uma estrela, quem sabe, lá fora
atenta a minha dor.
Ouvi por fim, da janela,
um complacente Sapo a umidar
meus sentidos resmungando:
'salvador dos afogados.
IV
Comprando passagem
abrindo caminhos
Vejo muita poeira na estrada
muitos pés cansados
V
Ele é qualquer salão improvisado
com espelhos quadrados
flores mortas
Belo e de porcelana, vai saber aonde fui amarrar meu bode!
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